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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

1969

EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

biblioteca da COMPÓS (Associação Nacional dos Programas

de Pós-Graduação em Comunicação), por trabalhos que uti-

lizassem descritores ligados ao ensino do audiovisual jun-

tamente com os termos: tradição, hegemonia, feminismo e

crítica. Embora o número de trabalhos com estes descrito-

res isolados seja bastante significativo, a aproximação entre

metodologia de ensino no audiovisual e suas perspectivas

críticas ainda permanece invisível dentro das reflexões teó-

ricas. Este cenário pode ser lido como sintomático de uma

área que ainda está em processo de organização e definição

de ideias, valores e olhares que sejam, de fato, relevantes

para sua própria fala. Assim, se justifica este estudo pelo sua

inserção em um campo de pensamento e prática acadêmica

onde a voz dos docentes não está sendo compartilhada, e,

se assumirmos como uma boa prática de ensino a troca de

experiências não só entre professores e alunas e alunos, mas

entre todos os docentes, então que nossos esforços con-

templem também a construção de um diálogo evidenciador

dos anseios, sucessos, falhas, progressos e estagnações do

ensino de audiovisual em diversos níveis de ensino: médio,

subsequente, graduação e pós-graduação.

HISTORIOGRAFIA E TRADIÇÃO: O QUE OS

DOCUMENTOS OFICIAIS DIZEM SOBRE O QUE

ESTAMOS ENSINANDO?

Nos relatórios sobre as bilheterias do cinema nacional

disponibilizados pela ANCINE

4

, órgão responsável pelo ob-

servatório do audiovisual brasileiro, pode-se perceber que,

entre os cinquenta maiores êxitos de público, há apenas

quatro filmes dirigidos por mulheres:

Lua de Cristal

(1990),

de Tizuka Yamazaki, 4.1 milhões de espectadores;

Cidade de

Deus

(2002), co-dirigido por Katia Lund e Fernando Meirel-

les, 3.3 milhões de espectadores;

Meu passado me conde-

na

(2013), de Júlia Rezende, 3.1 milhões de espectadores; e

Cazuza: o tempo não para

(2004), de Sandra Werneck, co-di-

4

Agência Nacional de Cinema, vinculada ao Ministério da Cultura.