Table of Contents Table of Contents
Previous Page  1772 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 1772 / 2428 Next Page
Page Background

1772

EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

escola pública brasileira, com políticas públicas de caráter

includentes.

A presença da educação libertadora sempre represen-

tou uma inquietação para as classes dominantes, haja vista

seu caráter transformador. Trata-se de um tipo de educa-

ção que objetiva o empoderamento daqueles que o sistema

educacional elitista historicamente empurrou para margem

da sociedade.

Equidade e igualdade de oportunidades são princípios

fundantes da perspectiva freiriana. Por isso, num contexto

de economia liberal capitalista pautada na competividade

predatória, esse tipo de educação critica apresenta-se como

teoria e prática que contempla os interesses de todos que

buscam construir uma sociedade com menos desigualdades.

Para isso, é fundamental oportunizar uma educação

que propicie ao povo a reflexão sobre si, sobre o seu tempo,

mas que, principalmente, se paute pelo diálogo, de trocas,

por que são nestes momentos que o povo vai se constituin-

do enquanto sujeito histórico. Na concepção de educação

dialógica todos são sujeitos, todos ensinam e aprendem.

Como já insistia Paulo Freire, “a escola transformado-

ra era a “escola do companheirismo”, por isso sua pedago-

gia é uma pedagogia do diálogo, das trocas, do encontro,

das redes solidárias. (2003, p. 73). Mas para que esta prática

educativa se manifeste nas camadas sociais empobrecidas,

a educação deve estar alicerçada a partir das vivencias dos

sujeitos, ou seja, uma educação para o povo, pelo povo e

com o povo, reconhecendo o saber popular como funda-

mental. Por isso ele entendia que a escola

é um

local pri-

vilegiado para potencializar sonhos e utopias, pois é pela

possibilidade de debater, discutir, dialogar que se alcançará

a compreensão da realidade que nos cerca, viabilizando os

registros históricos das mudanças e das transformações.

Nesta perspectiva, compreender a educação como

mediação para a transformação social, pressupõe ver o ho-

mem não como mero reservatório, depósito de conteúdo,

mas sujeito construtor da própria história e em consequên-