Table of Contents Table of Contents
Previous Page  1658 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 1658 / 2428 Next Page
Page Background

1658

EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Sem ele não comunicação e sem esta não há ver-

dadeira educação. A que, operando a superação

da contradição educador-educandos, se instaura

como situação gnosiológica, em que os sujeitos in-

cidem seu ato cognoscente sobre o objeto cognos-

cível que os mediatiza. (FREIRE, p. 115, 2014).

Se o diálogo é o elemento chave para uma educação

autônoma, crítica, construtiva e libertadora dos sujeitos do

conhecimento, a Reforma, mudança de um sistema de ensi-

no, a exemplo do Ensino Médio no Brasil atualmente, precisa

levar em conta tais aspectos. A aprendizagem no contexto

hodierno não pode ater-se somente a conhecimentos que

envolvam habilidades de fazer algo, sobretudo, o porquê e

o para quê fazer algo. A significação e o sentido do aprendi-

zado não estão somente no resultado, mas no processo de

desenvolvimento do mesmo.

À GUISA DE CONCLUSÃO

O Ensino Médio como uma das etapas do processo de

ensino-aprendizagem de muitos adolescentes e jovens preci-

sa constantemente ser debatido e analisado no intuito de tor-

ná-lo alvissareiro para a construção de saberes significativos e

condizentes com a realidade social que vivenciam os sujeitos

da educação. Sem delongas, pode-se dizer da necessidade,

de tempos em tempos, da Reformulação do sistema de ensi-

no. Todavia, no intuito de melhorá-lo, não piorá-lo como ora

se percebe no contexto atual brasileiro, ao subtrair desse es-

tágio, ou de coloca-los apenas como opcionais, do aprendi-

zado dos educandos, componentes curriculares substanciais

para a sua formação de sujeitos autônomos, críticos e em

diálogo com outros saberes e realidades que os desafiam a

viver cotidianamente, pela dinâmica de constantes mudanças

e transformações da sociedade hodierna. Nesse sentido, faço

minhas as palavras de Paulo Freire: “Se não posso, de um lado

estimular os sonhos impossíveis, não devo, de outro, negar a

quem sonha o direito de sonhar. Lido com gente e não com

coisas.” (FREIRE, p. 144, 1996).