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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

não nos condicionarmos a politicas educacionais que buro-

cratizam as atividades da supervisão escolar e desqualificam

a formação dos professores.

Dialogar na educação é também um ato de humil-

dade, perceber que lhe falta ainda muito que caminhar é

perceber a construção do conhecimento ou a reflexão do

conhecimento já adquirido, mas que pode ser revisto com

outros propósitos, considerando a presença de “

homens

que, em comunhão, buscam saber mais”

(Freire, 1987,p.46). É

estar diante do seu semelhante com suas adversidades, mas

em solidariedade num propósito comum: a qualificação da

educação no contexto de seus profissionais.

Como dialogar é um ato entre os seres humanos, Frei-

re (1987, p.46) afirma que “não há também, diálogo, se não

há uma intensa fé nos homens”. Quando se refere à ação

de dialogar com a fé nos homens vem do poder confiar,

acreditar na palavra desde que construída sem a intenção de

domínio e poder, mas, sim, na possibilidade da credibilidade

da palavra dos homens para que, unindo as experiências e

conhecimentos, tenham a realidade recriada. A liberdade de

forma concretizada diante de todos.

A concretização do saber se dá numa relação horizon-

tal, quando há diálogo com amor, humildade e fé.

Assim,

o diálogo permanente entre supervisão escolar e professo-

res com essas caraterísticas citadas anteriormente, pode ser

um caminho para reorganizar a educação do ensino básico

na rede pública, valorizando os processos pedagógicos e a

qualificação das práticas com os nossos discentes.

Por meio desta Carta Pedagógica, quero convidá-los

para refletir sobre a importância do diálogo. Considero ser

esta uma forma de encorajamento diante das novas pers-

pectivas políticas para a educação, uma maneira de resis-

tir diante das desqualificações e da desvalorização que os

profissionais em educação estão passando e, o principal, de

discutir educação com quem se dedica a ela há anos. Nada

mais justo de que para embasar esse discurso nos escritos

de Paulo Freire, com toda sua maestria com as palavras e a