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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

A presença de experiências pedagógicas, e epistemoló-

gicas, (des)coloniais freireanas, feministas e populares em suas

dependências estão ainda tímidas, mas estão acontecendo.

Vemos que as pesquisas nas ciências humanas e sociais cada

vez mais são realizadas por pessoas, mulheres e homens, de

uma periferia étnica e social, que estão dando visibilidade à

realidades e experiências que “subvertem” sua lógica.

Essa ocupação, como Freire (1996, p. 24) já falava, é

um “[...] movimento que (pode) leva(r) à uma possível mu-

dança estrutural que contribui para abrir fissuras significa-

tivas nas relações sociais e culturais sedimentadas [...]”. São

destes movimentos, Universidade, que você como um todo

é carente. Mas nem tudo é só dor, enfrentamentos, solidão,

silenciamento, disputas de ego e produtivismos. Há nas en-

trelinhas destas relações pasteurizadas muita sororidade, so-

lidariedade, amorosidade.

As experiências intensas/densas que vivi contigo nes-

tes quatro anos de doutorado oportunizaram (des)encon-

tros significativos! As mediações pedagógicas e educativas

oportunizadas pelas rodas de conversa propostas pelos gru-

pos de pesquisa engajados com as lutas sociais e populares

(localizados em sua maioria nas ciências humanas e sociais,

mas, apesar de tímidas, também nas jurídicas e econômicas)

foram espaços libertadores!

Essa contradição é parte do próprio processo de hu-

manização nas sociedades capitalistas, aprendi essa máxima

na faculdade! Mas, antes disso, já havia a vivido no cotidiano

de Empreendimento Econômico Solidário na prática da au-

togestão e da educação em/na Economia Popular Solidária.

Conviver com a distância entre o que se diz do que se fala é

uma realidade que há muito tempo nos persegue. Nesta, as

relações humanas elementares são estrategicamente fomen-

tadas a se contrapor, a competir contra si, a negar potencia-

lidades locais, a desvincular-se de quem é para vestir-se de

quem não é:

Os homens enquanto

seres-em-situação

encontram-

-se submersos em condições espaço-temporais que