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5.6.2

A ferramenta GIR@SSOL comparada aos softwares SIGOR e Scremin

Um dos pontos fortes do SIGOR é a regularização dos transportadores de resíduos da

construção civil, já que, atualmente, muitos transportadores operam ilegalmente, o que,

muitas vezes, resulta em descarte irregular dos resíduos. Porém, com o sistema implantado, os

geradores só poderão contratar transportadores cadastrados neste e que foram validados pela

prefeitura. O sistema também permite a facilidade ao acesso à informação, agilidade na

emissão e no controle de documentos, rastreamento dos resíduos, regularização do transporte

e emissão de relatórios.

A ferramenta desenvolvida por Scremin (2007) permite discriminar em planilhas as

coletas de campo e assim conhecer o RCD do município avaliado, cadastrar agentes coletores,

geradores, áreas

de disposição irregular “bota

-

fora” e aterros, dimensionar sistemas de gestão

para pequenos volumes e ter acesso a literatura pertinente ao assunto RCD.

Fazendo um comparativo entre o GIR@SSOL e as ferramentas acima apresentadas

pode-se dizer que assim como o SIGOR, o GIR@SSOL tem a regularização dos transportes

de resíduos como foco principal, porém a metodologia utilizada é a de cadastramento tanto do

gerador como do transportador em uma interface única, fazendo com que os dados se cruzem

automaticamente e mostre na tela onde estão os focos de não coleta, podendo ser apresentados

na forma de planilhas ou gráficos, por região ou na totalidade do município, assim é possível,

em tempo real, avaliar a coleta do RCD.

Em relação ao sistema desenvolvido por Scremin (2007), pode-se verificar que tanto

um quanto outro, permite o gerenciamento da quantidade de resíduos gerada no município,

porém o GIR@SSOL permite esta avaliação setorialmente, por quadra ou região, o que é

vantajoso quando se fala em Sistema de Apoio à Decisão, visto que o local de descarte mais

apropriado é aquele que encontrasse mais próximo das fontes geradoras, visando o menor

caminho a ser percorrido entre o gerador e o destino final.

O que foi levado em consideração no GIR@SSOL e que nenhum dos outros sistemas

mencionou é a questão das obras irregulares, aquelas que não possuem o Alvará de

Construção e, por isso, tornam-

se invisíveis “aos olhos” do poder público. Estas obras, na

maioria das vezes são responsáveis pela coleta não eficaz desses resíduos, portanto, neste

caso, é imprescindível o apoio da população, que, ao acessar o sistema poderá informar onde

estão as obras que não possuem caçambas para a coleta de resíduos. Analisando-se mais estes

dados com os outros já mencionados, permite-se à prefeitura o conhecimento destas obras

irregulares.

CONCLUSÕES

De um modo geral pode-se afirmar que há um déficit no gerenciamento de resíduos de

construção civil no município de Palmas. Em consonância as demais capitais brasileiras,

Palmas está em constante expansão, o que ocasiona a demanda de construções e a geração de

resíduos, e este, conforme demonstrado, não está sendo gerenciado adequadamente. O volume

de resíduos coletados pelas empresas licenciadas e despejados em local regular é bem menor

do que o volume produzido. Ademais, a não realização de triagem para conhecimento da

natureza dos resíduos, e, a inexistência de uma usina de reciclagem, torna-os um verdadeiro

desperdício, uma vez que poderia reutilizá-los em obras e outros fins.

Tendo em vista que o setor de construção civil é um dos maiores geradores de resíduos

sólidos, a gestão dos mesmos torna-se uma prática imprescindível nos dias atuais. No entanto,

ressalta-se que os municípios não possuem por completo, uma eficiente disposição desse tipo

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