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Fonte: (ABRELPE, 2015).

Este mesmo autor ainda destaca que,

No tocante à disposição final, houve aumento em números absolutos e no

índice de disposição adequada em 2015: cerca de 42,6 milhões de toneladas

de RSU, ou 58,7% do coletado, seguiram para aterros sanitários. Por outro

lado, registrou-se aumento também no volume de resíduos enviados para

destinação inadequada, com quase 30 milhões de toneladas de resíduos

dispostas em lixões ou aterros controlados, que não possuem o conjunto de

sistemas e medidas necessários para proteção do meio ambiente contra danos

e degradações. A prática da disposição final inadequada de RSU ainda

ocorre em todas as regiões e estados brasileiros, e 3.326 municípios ainda

fazem uso desses locais impróprios.

Silva (2013) cita que a gestão ineficiente do espaço urbano tem ocasionado graves

problemas como o descarte irregular dos resíduos no meio ambiente da cidade, sem nenhum

tipo de tratamento. O acúmulo destes resíduos nos municípios afeta diretamente a saúde e a

qualidade de vida das pessoas que vivem nesses aglomerados humanos poluindo corpos

hídricos, solo, degradando a paisagem e tornando-se ainda nicho ecológico de diversas

espécies de agentes patogênicos, tais como roedores, baratas, moscas, vermes, pernilongos,

fungos, vírus, animais, entre outros.

Paschoalin Filho e Graudenz (2012) ressalta que embora a responsabilidade pela

destinação correta dos resíduos seja do gerador, seja ele público ou privado de acordo com a

resolução CONAMA 307 de 2004, pequenos geradores não respeitam essa determinação,

causando situações de deposição desse material em vias públicas, terrenos baldios ou a beira

de córregos o que estimula a criação de pequenos lixões a céu aberto.

Oliveira (2002) e Bucci (2002) destacam que a solução de tais problemas que

envolvem a geração, coleta e disposição final dos RSU, depende da criação de “políticas

públicas”.

Schneider e Arlindo (2004) ainda declara que a maioria das ferramentas usadas nas

políticas públicas de minimização dos RCD pode ser implantada em vários estágios do

processo de construção, projeto, demolição e manejo dos resíduos. Schneider e Arlindo(2004)

cita que uma política pública será tanto mais efetiva quanto maior for a participação da

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Figura 1. Destinação dos RSU no Brasil.