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EIXO 16 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ÉTICA E ESPIRITUALIDADE

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

A hegemonia dos direitos humanos como linguagem

de dignidade humana é incontestável. No entanto, esta he-

gemonia convive com uma realidade perturbadora. A gran-

de maioria da população mundial não é sujeito de direitos

humanos. Convivemos com a violência, injustiças, autorita-

rismos que negam a pessoa. Tempos marcados pela bar-

bárie. Por outro lado, nunca se falou tanto na necessidade

de trabalhar para sensibilizar, conscientizar e despertar para

uma cultura dos direitos humanos. Neste sentido pretende-

mos trabalhar algumas aproximações em torno dos direitos

humanos na perspectiva do pensamento de Freire. Pensa-

mos que o imperativo da educação humanista/libertadora

é trabalhar de modo incansável para transformar estruturas

que geram opressões, autoritarismos, injustiças sociais e ne-

gação da vida humana. As sociedades que não superaram as

barbáries históricas impregnaram no seu tecido social e na

sua cultura, práticas sociopolíticas que naturalizam as vio-

lências, o autoritarismo, a exclusão social e a negação dos

direitos daqueles que não tem poder. Não podemos natura-

lizar as violências e conviver passivamente com uma cultura

que nega os direitos humanos.

A educação libertadora visa trabalhar o pensamento

crítico para que a pessoa se engaje na luta permanente a

favor de uma cultura dos direitos humanos.

“É fundamental o desenvolvimento de uma cultura

de direitos que se radica na tomada de consciência

da dignidade do ser pessoal. É na consciência e na

luta pela defesa desses direitos que o ser humano

se constitui como cidadão. Isso explica igualmen-

te o sentido da solidariedade na vida humana: as

obras da pessoa livre nunca são realizadas somen-

te por um indivíduo, mas as pessoas se unem para

efetivar um sentido comum, para cumprir uma tare-

fa comum e isso significa que o direito é resultado

de integração” (OLIVEIRA, 2010, p. 264).

A Declaração dos direitos humanos é um instrumento

jurídico que visa limitar o poder do Estado e garantir a digni-

dade da pessoa humana. Podemos dizer que a luta por uma