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EIXO 13 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO, SAÚDE E CIDADANIA

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

khtin e Paulo Freire. Bakhtin (1988) dá uma interpretação

peculiar à natureza da relação dialógica, ou seja, entre o “eu”

e o “outro”. O eu, para ele, não é autônomo, existe somente

em diálogo com outros eus. O eu necessita da colaboração

de outros para poder definir-se e ser autor de si mesmo.

Assim, a enunciação é fruto da interação entre dois sujeitos

socialmente organizados, é produto da interação do locutor

e do ouvinte. A palavra é o território comum entre locutor e

interlocutor. A unidade real da língua é o diálogo composto

por, pelo menos, duas enunciações. Toda palavra compor-

ta muitas faces, sendo determinada tanto pelo fato de que

procede de alguém como pelo fato de que se dirige para

alguém, constituindo justamente o produto da interação.

Paulo Freire (1992), de maneira afim a de Bakhtin, afirma que

não se pode pensar pelos outros nem para os outros nem

sem os outros (p.117). A significação do diálogo está no fato

de que os sujeitos dialógicos crescem um com o outro, ele

não nivela, não reduz um ao outro. Ao contrário, implica um

respeito fundamental dos sujeitos nele engajados (p.118).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As perspectivas que se referem a linguagem como

mecanismo de interação social, crítica e atuante de Freire,

referem-se a um tipo de educação comprometida com a

formação do sujeito capaz de proporcionar condições para

o desenvolvimento da capacidade do uso eficaz da lingua-

gem que facilitam a transmissão e busca das mais variadas

informações. No contexto socializador as tecnologias utili-

zadas estão relacionadas efetivamente nas ações do coti-

diano e essa busca de informação, tenha papel atuante no

exercício da reflexão.

A aquisição adequada da linguagem, essencial no de-

senvolvimento e na formação do sujeito, enquanto um ser

social, que interage mediante a eficácia da linguagem co-

municativa, considera a importância do pensamento críti-

co-social. A prática comunicativa, segundo Paulo Freire, é