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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

1859

EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

inclusive para a construção de novos arranjos curriculares

nas instituições de ensino, assim como na organização me-

todológica das experiências não formais. Se pensada como

uma “via de mão dupla”, a relação entre formal e não formal

revigora a formação dos sujeitos, permitindo um melhor co-

nhecimento do mundo, uma leitura da palavra que parte e

vai além da leitura de mundo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação popular é um compromisso político e

epistemológico. Como tal, nos incita a permanentemente

reinventarmos estratégias de conhecimento e de luta social.

Promover novas leituras e releituras é essencial para a rigo-

rosidade necessária do discurso científico que se constrói

por nosso corpo consciente. Novas pedagogias sem cair

em modismos; novas ações políticas sem sectarismo; novas

epistemologias que disputam as leituras de mundo: hoje,

penso em

inédito-viáveis

em um mundo em mudança e nes-

se cenário de flagrante instabilidade política no Brasil.

Aproximar Freire de autores e autoras é um exercí-

cio de tipo hermenêutico e importante para uma rigorosa

base conceitual para pesquisas no campo da educação e das

ciências humanas em geral. Em especial, promover o diálogo

de Freire com autoras demarca as vozes femininas, muitas

vezes caladas ao longo de nossa história. Mostra que, tanto

entre os pioneiros e as pioneiras da pedagogia latino-ame-

ricana como agora, há mulheres engajadas na luta política e

na produção e difusão do conhecimento.

Esse texto, em estilo ensaístico, é um convite ao diálo-

go. Apresenta brevemente a noção de educação não formal

trabalhada pela professora Maria da Gloria Gohn e reconhece

o papel histórico dessa dimensão na construção da educação

popular na América Latina. Observa-se que a política é um

aspecto fundamental nos processos educativos não formais,

tendo em vista a característica associativista dos coletivos e

redes. Por isso, educar é conscientizar, é empoderar os su-

jeitos que se autotransformam e se situam no cenário social.