Table of Contents Table of Contents
Previous Page  1148 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 1148 / 2428 Next Page
Page Background

1148

EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

a esse indivíduo a busca de meios para auxiliar os estudantes

no desenvolvimento dos projetos. São situações que Gonçal-

ves (2011) descreve como de “aprendências”, pelos desafios

e as decisões que devem ser tomadas por esse profissional.

Não há uma formação específica que habilite um professor

como orientador de trabalhos científicos, há uma construção

desse sujeito, pelas experiências vividas, cursos, leituras e sua

vontade em contribuir com o trabalho dos estudantes.

Além disso, vê-se a feira como um espaço formativo

pelas múltiplas possibilidades que surgem aos docentes.

Por meio de processos reflexivos, o professor vai aos pou-

cos aprendendo e superando a si mesmo, nas inúmeras fei-

ras em que participa como orientador, avaliador ou mesmo

como visitante. O processo reflexivo, segundo Gonçalves

(2005), é uma importante estratégia para a elaboração dos

saberes profissionais, uma vez que permite um elo entre a

teoria e a prática.

De acordo com Gonçalves (2011, p. 212), a feira é um

desafio tanto no plano coletivo como no individual, onde

o “processo, que se inicia no planejamento da feira esco-

lar, contribui para a autonomia progressiva dos professores

participantes, na medida em que orientam os trabalhos de

seus alunos e vão enfrentando os desafios que lhes apresen-

tam durante esse percurso”.

Em pesquisa realizada por Gallon, Rocha-Filho e Nas-

cimento (2017) emerge a necessidade dos professores de

educação básica se inserirem nas pesquisas realizadas em

suas escolas de atuação, pois, na maioria das vezes, são am-

bientes ocupados por universitários externos à essa realida-

de, que realizam suas pesquisas e não contribuem para as

mudanças nesses locais. Os autores também alertam para a

baixa produção de pesquisas voltadas às relações humanas,

das aprendizagens possíveis em um ambiente de feira, tanto

entre professores, como entre alunos e professores. As fei-

ras são ambientes potencialmente ricos em práticas e, com

isso, fonte de muitas pesquisas tanto aos estudantes como

para os docentes que optam por se envolver.