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DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO DA COMPOSIÇÃO DOS

RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL CONSIDERANDO A

ORIGEM DOS GERADORES E LOCAIS DE DISPOSIÇÃO

(

JUAREZ

PEREIRA DA SILVA; EDUARDO QUIRINO; RICARDO RIBEIRO DIAS E AURÉLIO

PESSOA PICANÇO)

RESUMO

: Conhecer as características dos resíduos de construção dispostos irregularmente

nas cidades é o primeiro passo para se estudar a solução dos problemas de gestão decorrentes

desses resíduos. O objetivo do estudo foi efetuar a caracterização e composição dos resíduos

de construção dispostos em diversas áreas na cidade de Palmas. O trabalho desenvolveu-se

segundo quatro etapas: realização de entrevistas; seleção de áreas de estudo; coletas de

amostras; e análises gravimétrica e granulométrica. Os resultados apresentaram um volume de

cerca de 8.810,00 m

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de resíduos gerados por mês, coletados e transportados para áreas de

disposição final; a composição gravimétrica média das amostras apresentou 84,57% de

aglomerados; a granulométrica, perfil médio de 68,39% de agregados graúdos, 28,59% para

amostras de agregados miúdos, e 3,02% de outros resíduos (fundo). É urgente a redução dos

impactos do setor de construção civil sobre o meio ambiente. Os ecopontos são boas

ferramentas para o gerenciamento de resíduos de construção como entreposto para destinação

final, por utilizarem áreas adequadas. As amostras analisadas apresentaram 100% de resíduos

classe A, incluindo aí os resíduos de fundo, portanto, todos os resíduos são passíveis de

reciclagem ou reaproveitamento.

Palavras-chave:

Resíduos de construção civil. Composição gravimétrica. Granulometria.

1.1.

INTRODUÇÃO

No Brasil, a indústria da construção civil vem apresentando altos índices de

crescimento e trazendo consigo benefícios socioeconômicos, com participação de forma ativa

na geração de emprego e renda (COSTA, ATHAYDE; OLIVEIRA, 2014), porém, é notório

que a construção civil, assim como qualquer outra atividade humana gera resíduos. Na

maioria das grandes cidades a problemática proveniente dos resíduos de construção e

demolição vem cada vez mais se agravando, devido ao adensamento populacional crescente, a

falta de aterros para disposição final e a deficiência na gestão destes resíduos (CABRAL;

MOREIRA, 2011).

Os resíduos oriundos das atividades de construção civil podem causar degradação ao

meio ambiente, afetar a qualidade de vida da população e a disponibilidade de recursos

naturais, caso não seja gerenciado de maneira correta (PERES, 2012). A cada três casas

construída uma é desperdiçada sob a forma de resíduos (INAC, 2011) e cerca de 90% dos

resíduos gerados pela construção civil, são passíveis de reaproveitamento e reintegração no

ciclo construtivo da construção civil (LIMA, 2011).

No país, implementou-se a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) por meio da

lei 12.305, de 2 de setembro de 2010, dando diretrizes para gerenciar e reduzir a geração

destes resíduos. Para efeitos do referido dispositivo legal, os resíduos da construção civil

(RCC), são

“os

gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de

construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras

civis”

(BRASIL, 2010).

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