Table of Contents Table of Contents
Previous Page  679 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 679 / 2428 Next Page
Page Background

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

679

EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO

trabalha para que nenhum grupo social, indepen-

dente de sua etnia, classe social e outros, sofra uma

carga maior dos impactos ambientais negativos. (...)

que a mesma só é possível se colocando “de forma

cooperativa, ao lado dos grupos sociais (organiza-

dos ou não) impactados negativamente (nos âmbi-

tos ambiental, social, cultural etc.) por empreendi-

mentos de determinados setores.

Tal educação, não “podem partir de abstrações sem

vínculo com o real (um real que é, para nós, decorrente das

relações entre nós (humanos), a natureza e o próprio pen-

sar deste/sobre este real” (idem, 2015). Até por que, sendo

a “Injustiça Ambiental é caracterizada pela imposição “des-

proporcional dos riscos ambientais às populações menos

dotadas de recursos financeiros, políticos e informacionais”

(...)”; e a “justiça ambiental” denominaria “um quadro de vida

futuro no qual essa dimensão ambiental da injustiça social

venha a ser superada” (ACSELRAD

et al

., 2009, p. 9), uma

educação para a justiça ambiental deveria considerar tais

aspectos.

Se a educação ambiental teve nas ultimas décadas um

grande desenvolvimento, principalmente depois de 1992

(da Conferência da Organização das Nações Unidas para o

Meio Ambiente, a Rio 92), e mais ainda depois de 2002 com

governos de “esquerda”, acabou se institucionalizando e,

assim, avançando pouco na disputa da educação ambien-

tal hegemônica focada “na mudança de comportamentos

(comportamentalismo) e no conhecimento dos aspectos

meramente ecológicos para manutenção e preservação de

ecossistemas (preservacionista)” (idem, 2015). Portanto, a

a prática da Educação Ambiental Crítica também

passa a ser vista com atenção e apresentando li-

mites, não teóricos, mas sim práticos ao ter sido

canalizada pelo instituído e, em nossa perspectiva,

perdendo seus aspectos subversivos caso não re-

torne aos movimentos sociais populares, sociais e

ambientais desde fora e contra o Estado/governo

neo-desenvolvimentista em vigência.