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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 2 – PAULO FREIRE:

MEMÓRIA,

REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO

a imprensa noticiava o sucesso do método, pela ra-

pidez. A propaganda do método era o fato de ser

em 40h. Então noticiavam, e o pessoal tinha muita

curiosidade. Veio gente do RS inteiro e de SC para

fazer o curso do Paulo Freire.

Após esta formação, partiu-se para a primeira etapa

do trabalho, que era a pesquisa do universo vocabular. Al-

gumas pessoas se encaminharam para atividades junto às

fábricas e outras para a zona rural, na periferia de Porto Ale-

gre. Assim, abriu-se vagas para o voluntariado e vários uni-

versitários, professores, assistentes sociais se engajaram no

projeto, dando início às atividades.

[...] os trabalhadores da Estação eram quase todos

analfabetos; se fez um grupo adaptando à realida-

de deles. E depois fizemos muitos Círculos em vilas

periféricas. Fizemos na Vila Maria da Conceição; no

Mato Sampaio, na vila, que era da Zona Norte, da

rua Umbú, onde funcionava um Círculo (não lembro

agora o nome); ali naquela vila do Asseio, na Zona

Sul, na Camaquã. E a gente começou a entrar em

contato com entidade que já existiam, por exemplo:

as escolas dos padres nos cediam salas; as associa-

ções; a Pequena Casa da Criança; Na Vila Conceição;

nós tínhamos um Círculo funcionando lá dentro; sa-

lões paroquiais; na Igreja da Conceição, tínhamos

um. Eram principalmente empregadas domésticas.

Nas vilas periféricas, onde havia possibilidades, ge-

ralmente se usava o prédio das escolas. (ZARDIN,

1989 In: ANDREOLA, 1995, p. 15).

Outro ponto importante a destacar que, logo após o

curso, a divisão de cultura foi para o interior difundir este

trabalho. Em Ijuí, como relata Craidy (1988 In: ANDREOLA,

1995) em sua entrevista, as atividades com a cultura po-

pular já estavam ocorrendo desde o fim dos anos de 1950,

início dos anos de 1960 através do Movimento Comuni-

tário de Base. Era um trabalho comunitário voltado para a

participação comunitária. Para tanto, entrou-se em contato

com o movimento nacional dos estudantes, como a UNE

e incorporaram o trabalho de educação de base com a al-