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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT8: EMPODERAMENTO LEGAL

de 24 anos entre elas, o seu conteúdo e, de outro,

a precariedade dos serviços públicos voltados ao

tema denotam a falta de interesse e investimento

tanto dos poderes legislativo quanto do executivo

locais, o que remete à naturalização da violência

de gênero contra as mulheres, como apontam os

dados registrados pela DEAM (2018), a exemplo, o

número de medidas protetivas solicitadas no ano

da sua criação foi de 803 e em 2018, de 792. Neste

sentido, é eloquente o fato de que uma das parcas

normas voltadas ao tema se trata da instituição de

um programa de prevenção e combate ao abuso

e violência doméstica a ser desenvolvido na rede

pública de educação, bem como nos órgãos de

assistência social do município, promovido pela

Igreja Adventista do Sétimo Dia em diferentes paí-

ses da América Latina desde 2002. Na ausência

do Estado, grupos confessionais têm ocupado seus

espaços. Resta-nos saber os seus efeitos e implica-

ções para o enfrentamento da chamada “revitimi-

zação” das mulheres vítimas de violência.

Palavras-chave

: Mulheres. Violência. Legislação

REFERÊNCIAS

DEAM – Delegacia Especializada no Atendimento

à Mulher de Uruguaiana. Estatísticas

DEAM

ano a ano

. 2018

INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA

(IBGE).

Uruguaiana

. Disponível em

<https:// cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/uruguaiana/ panorama>

. Acesso em: 25 set. 2018.

RIFIOTIS, Theophilos. As delegacias especiais de

proteção à mulher no Brasil e a “judiciariza-

ção” dos conflitos conjugais.

Soc. estado.

,

Brasília, v. 19, n. 1, p. 85-119, jun. 2004 .