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EIXO 15 – PAULO FREIRE E AS INFÂNCIAS

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

acerca de situações que emergem no contexto ao qual estão

inseridas. São essas experiências sociais que possibilitam a

construção e a apropriação da autonomia, uma vez que ela

é promotora da participação social, da libertação e do exer-

cício da cidadania.

O estudo, em tela, propõe uma reflexão crítica sobre

a promoção da autonomia do sujeito no âmbito da práxis

pedagógica com a infância na perspectiva da Pedagogia

Freireana, utilizando o referencial teórico da obra de Paulo

Freire como aporte teórico principal do objeto de estudo,

que neste trabalho, é cotejado com as DCNEI e os Referen-

ciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI),

configurando assim num estudo bibliográfico e documental.

O movimento de análise realizado até o momento

aponta para a positividade das contribuições de Freire para

a Educação Infantil comprometida com o desenvolvimento

da criança autônoma. Do que, podemos inferir desde já, re-

sulta um aporte fundamental para a organização da práxis

educativa com crianças tendo em vista a construção de sub-

jetividades livres, democráticas e solidárias, pautadas pela

criticidade, alteridade e justiça.

REFERENCIAL TEÓRICO

Nas circunstâncias do cotidiano infantil, emergem

múltiplas possibilidades do educador promover uma prá-

tica educativa que se volte à promoção da autonomia da

criança. De acordo com o RCNEI (BRASIL, 1998, p. 39), “[...] o

exercício da cidadania é um processo que se inicia desde a

infância, quando se oferecem às crianças oportunidades de

escolha e de autogoverno”, o que, a nosso ver, coloca a au-

tonomia como um princípio fundamental que sinaliza para

a organização da Educação Infantil como espaço-tempo de

exercício da cidadania que se constrói por meio da participa-

ção, do diálogo, da discussão, da contradição, da aceitação

vivenciada nos espaços e nos tempos do cotidiano escolar.

A autonomia desenvolve a responsabilidade sobre a tomada

de decisão. Ela representa a conquista da independência e