Table of Contents Table of Contents
Previous Page  1555 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 1555 / 2428 Next Page
Page Background

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

1555

EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

rança, pelo fundamento ético-histórico” (Ibid., p.11) busco

fazer das ações pedagógicas, um processo político onde a

“pedagogia da esperança” (FREIRE 1992) é desenhada cole-

tivamente com os estudantes em um exercício de reflexão-

-ação-reflexão.

Foram estes pensamentos e fundamentações teóricas

que, ancorados nos ensinamentos de Freire (2008, p. 72)

quando diz sabiamente que “a sala de aulas, a escola, é um

espaço-tempo de respeito a si e aos outros”, me ajudaram

a desenhar essa experiência de alfabetização com crianças e

jovens que aqui apresento.

REFERENCIAL TEÓRICO

Tecendo uma rede teórica de sustentação para a

experiência de alfabetização

[...] a educação envolve sempre uma

certa teoria do conhecimento posta em

prática. E que esta teoria posta em prática

demanda [...] um papel importante do edu-

cando. Um papel crítico de quem conhece

também e não a atitude passiva de quem

apenas recebe o “conhecimento” que se

transfere (FREIRE, 2011, p. 231).

A pedagogia freiriana é o pano de fundo das vivências

de alfabetização organizadas com estudantes no contexto

da escola campo da pesquisa. Segundo Freire, “a alfabetiza-

ção e a conscientização são inseparáveis. Todo aprendizado

deve estar intimamente associado à tomada de consciência

de uma situação real e vivida pelo aluno” (2001, p. 59). Para

esse fazer, destacamos a importância político-pedagógica

do educador, como Freire e Emília Ferreiro afirmam, não há

neutralidade na prática pedagógica, e o modo como essa

prática acontece faz diferença na aprendizagem. Ferreiro

(2000, p. 31) enfatiza que “nenhuma pratica pedagógica é

neutra. Todas estão apoiadas em certo modo de conceber o