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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT1: DINÂMICAS DE GÊNERO E ESTUDOS FEMINISTAS EM CONTEXTOS AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS

A LEI MARIA DA PENHA E A

ACEITAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA

A MULHER NA SOCIEDADE

Victória Santos de Azevedo

(Mestranda do PPG – Ciências Sociais

da Universidade do Vale do Rio dos Sinos)

A Constituição Federal Brasileira de 1988

trouxe a proposta de garantir e ampliar direitos e

liberdades da população, a partir da pauta da

igualdade, porém diversos grupos não foram con-

templados com a concretização da proposta. Um

destes grupos é composto pelas mulheres, que

enfrentam diversos impasses e constroem diversas

alternativas para alcançarem a plenitude de seus

direitos. Dentre as estratégias está a aposta em

legislações mais específicas, como a Lei Federal

11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha e

a Lei Federal 13.104/15, conhecida como Lei do

Feminicídio, que tratam diretamente sobre aspec-

tos da violência contra a mulher. Porém, alguns

outros aspectos que vão além da violência direta-

mente explícita precisam ser repensados, como o

caso das percepções da sociedade sobre o tema

e dos estereótipos construídos e aceitos ao longo

do tempo.

O Sistema de Indicadores de Percepção

Social (SIPS, 2014), a partir de entrevistas, coletou

dados referentes à tolerância social da violência

contra a mulher e diante disso foi possível consta-

tar que a maioria das pessoas que responderam

os questionários concordam que maridos que ba-

tem em suas esposas deveriam ser presos e, além

disso, também discordam do fato de que um ho-