Conexão Pesquisa - Mostra de Extensão

De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo ISBN 978-65-89503-93-4

De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo Organizadoras: Maura Corcini Lopes Alexandra Feldekircher Muller Débora Ferreira Padilha Anelise Lacerda Raquel Ruschel Franck Franciele Bezerra Rosa Silva Adriana da Silveira Capriolli Casa Leiria São Leopoldo - RS 2022

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo e Porto Alegre Edição: Casa Leiria. Os textos e as imagens são de responsabilidade de seus autores. Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Catalogação na publicação Bibliotecária: Carla Inês Costa dos Santos – CRB 10/973 M916 Mostra de extensão (2022 : São Leopoldo, RS). Conexão pesquisa : mostra de extensão [recurso eletrônico] / organização de Maura Corcini Lopes…[et. al.], Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) – São Leopoldo : Casa Leiria, 2022. Disponível em: <http://guaritadigital.com.br/casaleiria/unisinos/ eventos/conexao/index.html > Evento realizado na UNISINOS, em São Leopoldo, RS, 06 a 10 de junho de 2022. ISSN 978-65-89503-93-4 1. Pesquisa – Ensino Superior. 2. Iniciação científica – Evento – Resumos. I. Lopes, Maura Corcini (Org.). II. Universidade do Vale do Rio dos Sinos. III. Título. CDU 001.891:061.3

5 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo O HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO Uma universidade de excelência acadêmica com mais de 50 anos de história, a Unisinos é uma das maiores instituições privadas do Brasil, com mais de 96 mil alunos diplomados e cerca de 23 mil alunos matriculados nos cursos de graduação e pós-graduação das modalidades de ensino Presencial, Híbrido e a Distância (EAD). Fortalecida em seu ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), a Instituição explora as fronteiras da tecnociência para construir o amanhã da sociedade. Os cursos são ancorados em seis Escolas que buscam a internacionalização, a transversalidade e a promoção do debate teórico-metodológico nos processos de produção do conhecimento e formação profissional. São elas: Escola de Humanidades; Escola de Gestão e Negócios; Escola de Saúde; Escola de Direito; Escola Politécnica e Escola da Indústria Criativa. Com 26 Programas de Pós- -Graduação, a Unisinos mantém e desenvolve parcerias estratégicas com empresas e universidades do Brasil e do mundo. São cerca de 175 parcerias commais de 30 países, que fortalecem a pesquisa e permitem o intercâmbio científico de alunos e pesquisadores. O Portal de Inovação da Unisinos conecta a Universidade ao mercado e transforma pesquisa e tecnologia em inovação. Os Insti-

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 6 tutos Tecnológicos são estruturados com equipamentos de alta tecnologia e atuam como parceiros de empresas e organizações, contribuindo para a competitividade e sustentabilidade do estado e do país. O Parque Tecnológico São Leopoldo - Tecnosinos fomenta novas economias na área de tecnologia, orientadas pelo empreendedorismo inovador, e auxilia o desenvolvimento sustentável da região, gerando cerca de 8.000 empregos diretos. A Responsabilidade Social Universitária também é trabalhada pela Unisinos, por meio de seus 16 Projetos Sociais, que atendem mais de 13 mil pessoas em condições de vulnerabilidade social. A Universidade é mantida pela Associação Antônio Vieira (ASAV), mantenedora de 21 unidades no Brasil. São instituições de ensino e entidades de assistência social, dentre as quais estão a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (São Leopoldo e Porto Alegre/ RS) e os colégios Anchieta (Porto Alegre/RS), Catarinense (Florianópolis/SC), Medianeira (Curitiba/PR) e a Escola Padre Arrupe (Teresina/PI). Orientadas pelos preceitos Jesuítas, as cinco instituições de ensino somam, aproximadamente, 40 mil alunos. A ASAV também presta assistência a projetos nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará. Fundada em 4 de novembro de 1899, a ASAV é uma entidade sem fins lucrativos, vinculada à Companhia de Jesus, e atua como uma das faces civis da Província dos Jesuítas do Brasil. Ela tem por finalidade a promoção e o desenvolvimento da educação, a difusão da fé e ética cristãs preconizadas pela Companhia de Jesus.

7 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS UNISINOS REITORIA Reitor Prof. Dr. Pe. Sergio Eduardo Mariucci, SJ Vice-Reitor Prof. Dr. Artur Eugênio Jacobus Pró-Reitor Acadêmico e de Relações Internacionais Prof. Dr. Guilherme Trez Pró-Reitor de Administração Dr. Luiz Felipe Jostmeier Vallandro Chefe de Gabinete Prof. MS Carlos Alberto de Oliveira Cruz DIRETORES DAS UNIDADES Graduação Prof.ª Dr.ª Paula Dal Bó Campagnolo Pesquisa e Pós-Graduação Prof.ª Dr.ª Maura Corcini Lopes Operações e Serviços Prof. Dr. Cristiano Richter Finanças e Gestão de Pessoas MS Silvana Cristina da Silva Model Inovação e Tecnologia Prof. Dr. Silvio Bitencourt da Silva

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 8 COORDENAÇÃO GERAL Profa. Dra. Maura Corcini Lopes Profa. Dra. Alexandra Feldekircher Müller SECRETARIA EXECUTIVA Esp. Anelise Lacerda Tecnol. Débora Ferreira Padilha Esp. Raquel Ruschel Franck Esp. Adriana da Silveira Capriolli Bela. Franciele Bezerra Rosa Silva COLABORAÇÃO Coordenações de Cursos de Graduação Coordenações de Programas de Pós-Graduação Avaliadores de Atividades

9 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo COMITÊ ORGANIZADOR Prof.ª Dr.ª Maura Corcini Lopes Prof.ª Dr.ª. Alexandra Feldekircher Muller Prof.ª Dr.ª Isamara Della Favera Allegretti Prof.ª Dr.ª Aline Callegaro de Paula Bueno Prof. Dr. Wesley Heleno de Oliveira Prof.ª Dr.ª Cristiane Maria Schnack Esp. Anelise Lacerda Tecnol. Débora Ferreira Padilha Esp. Raquel Ruschel Franck Esp. Adriana da Silveira Capriolli Bela. Franciele Bezerra Rosa Silva Bela. Raquel Souza de Lemos AVALIADORES DE ATIVIDADES Profa. Dra. Débora Thayane De Oliveira Lapa Gadret Profa. Dra. Fernanda Pacheco Profa. Dra. Janaina Lemos Becker Profa. Dra. Karine de Mello Freire Profa. Dra. Laura Habckost Dalla Zen Profa. Dra. Leila Lima de Sousa Profa. Dra. Maria Alice Rodrigues Profa. Dra. Maria Eduarda Giering Profa. Dra. Patricia Cilene Freitas Sant Anna

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo SUMÁRIO

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 12 RESUMOS MINHA TESE EM 180s ANÁLISE COMPARATIVA DA UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO ORGÂNICO VERSUS ÁCIDO INORGÂNICO NA RECUPERAÇÃO DE NEODÍMIO PRESENTE EM HARD DISK DRIVES (HDs): UMA ABORDAGEM TÉCNICA, AMBIENTAL E ECONÔMICA Carline Fabiane Stalter ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE SISTEMAS EM MADEIRA FRENTE ELEVADAS TEMPERATURAS Lívia Maria Palácio Ribeiro CONFECÇÃO DE MISTURAS DE UHPC UTILIZANDO MÉTODO DE DOSAGEM UNISINOS Raduan Krause Lopes D.E.COISAS: UM MÉTODO DE DESIGN ESTRATÉGICO PARA A INTERNET DAS COISAS Marcia Regina Diehl INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA E GERAÇÃO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA: UM ESTUDO DE MÚLTIPLOS CASOS DAS EMPRESAS DO SETOR FARMACÊUTICO DO RIO GRANDE DO SUL Kátia Fernanda Isse RESUMOS MOSTRA DE EXTENSÃO ABRA SUA JANELA. OLHE PARA FORA. O QUE VOCÊ VÊ? EXTENSÃO APROXIMA COMUNIDADE, ESCOLA PÚBLICA E UNIVERSIDADE NA PANDEMIA Bibiana Jotz Bernasconi A BUSCA DA IMPLEMENTAÇÃO DO DIREITO HUMANO À PROPRIEDADE E À MORADIA PELAS PRÁTICAS EXTENSIONISTAS DO PROJETO CENTRO DE DEFESA E DIFUSÃO DOS DIREITOS HUMANOS (CDDH) Bárbara Maiara de Mello Morais

13 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo AÇÕES DO PROJETO DE EXTENSÃO “A CULTURA DE PERIFERIA PARA O EMPODERAMENTO E AUTOCUIDADO EM SAÚDE”: PROMOÇÃO À SAÚDE ATRAVÉS DA CRIAÇÃO E EXPRESSÃO Gisele Dhein AÇÕES EDUCATIVAS DE EXTENSÃO PROMOVIDAS PELO PROJETO DE EXTENSÃO APPGO DA UNIJUÍ NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19 Barbara Gündel AÇÕES EXTENSIONISTAS DO PROJETO ALFAB&LETRAR: PROMOVENDO A ALFABETIZAÇÃO, O LETRAMENTO E O LETRAMENTO LITERÁRIO Danise Vivian A GRAVIDEZ NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA PERSPECTIVA DA MULHER Aline Aparecida da Silva Pierotto A PRÁTICA DA TELECONSULTA ENQUANTO ESTUDANTE DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Gabriel de Melo Corrêa AS ESCOLAS E O MUSEU DA INFÂNCIA: MEDIAÇÕES CULTURAIS EM TEMPOS DE PANDEMIA Aline Delavechia Rodrigues BOI DE MAMÃO NA COMUNIDADE: INTERCÂMBIOS CULTURAIS QUE FAZEM A DIFERENÇA Silemar Maria de Medeiros da Silva CALÇADA CIDADÃ: ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA E ARTE DE RUA COMO RECURSO DE INCLUSÃO Gisele Adriano Luciano CEDUCA DH: OFICINAS DE CRIATIVIDADE VIA ENSINO REMOTO COM MIGRANTES DURANTE O PERÍODO DE PANDEMIA Laura Marcel Rueda Ribero

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 14 COMPETÊNCIAS EXTENSIONISTAS E FORMAÇÃO ACADÊMICA PROFISSIONAL NO PROJETO MULTIDISCIPLINAR INTEGRAR Graziela Hoerbe Andrighetti CONTRIBUIÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA CAPACITAÇÃO CONTINUADA Ricardo Gazzana Schneider DEBATES E REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA E EFEITOS DO BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR Cláudia Tessmann DESENVOLVIMENTO MORAL DE ADOLESCENTES EM INÍCIO DE CARREIRA À LUZ DA TEORIA DE LAWRENCE KOHLBER Juliana da Rosa Pureza EDUCAÇÃO FISCAL E PARA O CONSUMO: DUAS FACES DE UMA MESMA MOEDA? Leila Viviane Scherer Hammes ESTILHAÇOS DA ALEMANHA: COMENTÁRIOS MIDIÁTICOS SOBRE AS MOLDURAS PRESENTES NO VIDEOCLIPE DEUTSCHLAND DA BANDA RAMMSTEIN Magda Rosí Ruschel EXTENSÃO INDUSTRIAL EXPORTADORA: O CASE DO PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA EXPORTAÇÃO – NÚCLEO OPERACIONAL PEIEX CRICIÚMA Julio Cesar Zilli EXTENSÃO: UM LUGAR DE FALA, OPORTUNIDADE DE SER E APRENDER Lovani Volmer LABORATÓRIO FORMATIVO VIRTUAL: ESPAÇO DE REFLEXÃO E AÇÃO UNIVERSIDADE E ESCOLA Graziela Fatima Giacomazzo

15 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo NOVO OBSERVATÓRIO: UM OLHAR SOBRE AS CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE ESPACIAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS Aline Eyng Savi NUANCES DA ARTE EM SITUAÇÃO DE DESASTRE Marinêz Martins Roduite O REFLEXO DO VOLUNTARIADO NA VIDA DA COMUNIDADE E NA VIDA DO CLOWN Marinês Pérsigos Morais Rigo ORIENTAÇÕES SOBRE ALIMENTAÇÃO E ATIVIDADE FÍSICA PARA PROFISSIONAIS ATUANTES NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO Pietra Cristina Augustin PENSAMENTO NÔMADE: DIÁLOGOS ENTRE A UNIVERSIDADE E A COMUNIDADE Fabiane Olegário PODE OLHAR, NÃO SOU LIXO, SOU HUMANO! LOOK, I’M NOT TRASH, I’M HUMAN! Leila Fátima dos Santos PRÁTICAS EXTENSIONISTAS E DOCÊNCIA: QUEM ENSINA APRENDE EM QUEM APRENDE ENSINA Lovani Volmer PROGRAMA LER: LEITURA E REMIÇÃO Isabel Arendt QUALIFICAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO INTERNACIONAL EM EMPREENDIMENTOS RURAIS DE VITIVINICULTORES DOS VALES DA UVA GOETHE – SC Júlio César Zilli

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 16 QUALIFICAÇÃO TÉCNICA EM CONFEITARIA E PANIFICAÇÃO: GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA PARA A POPULAÇÃO EM VULNERABILIDADE SOCIAL Daniel Vicente Bonho RASTREIO DE IDOSOS PARA TELE INTERVENÇÕES PSICOLÓGICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Valentina Mayer Barbieri REDE LER – ESPAÇO ON-LINE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES LEITORES LITERÁRIOS Cibele Beirith Figueiredo Freitas RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO DE EXTENSÃO DE INTERVENÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR (PRINCE) Caroline Cardoso SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA Sueli Angelita da Silva TROCAS SOLIDÁRIAS: UMA AÇÃO INTERDISCIPLINAR DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Daiane Bolzan Berlese UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA: AÇÕES PARA PROMOVER DIREITO À MORADIA DIGNA ÀS FAMÍLIAS VULNERÁVEIS NO MUNICÍPIO DE LAJEADO/RS ATRAVÉS DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Jamile Maria da Silva Weizenmann UNINDO ARTE E DIREITOS HUMANOS: O ENCONTRO DA EXTENSÃO E DA PESQUISA Saraí Patricia Schmidt

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo RESUMOS MINHA TESE EM 180s

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 18 ANÁLISE COMPARATIVA DA UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO ORGÂNICO VERSUS ÁCIDO INORGÂNICO NA RECUPERAÇÃO DE NEODÍMIO PRESENTE EM HARD DISK DRIVES (HDs): UMA ABORDAGEM TÉCNICA, AMBIENTAL E ECONÔMICA Carline Fabiane Stalter Orientadora: Profa. Dra.Feliciane Andrade Brehm O aprimoramento dos equipamentos eletroeletrônicos (EE) e a sua crescente demanda tem trazido um alerta quanto ao aumento do consumo de matérias-primas e da geração de resíduos sólidos. Os Elementos Terras Raras (ETRs) são essenciais e insubstituíveis na produção desses equipamentos. Logo, resíduos sólidos dessa natureza são considerados fontes potenciais de recuperação de matérias- -primas secundárias, possibilitando assim a reintrodução desses elementos na cadeia produtiva. Um dos ETRs mais utilizados é o neodímio (Nd), que possui destaque na produção de ímãs de neodímio-ferro-boro (NdFeB) utilizados em celulares, fones de ouvido, aerogeradores, Hard Disk Drives (HDs) de computadores, dentre outros. Desta forma, essa pesquisa teve como objetivo realizar a análise técnica, ambiental e econômica comparativa da utilização do ácido orgânico CH3COOH (ácido acético) versus o ácido inorgânico HCl (ácido clorídrico) na recuperação de neodímio a partir de ímãs pós- -consumo provenientes de resíduos de HDs. O estudo foi dividido em 5 etapas: caracterização e preparação da amostra, lixiviação, avaliação ambiental, avaliação econômica e compilação dos resultados. Os ímãs utilizados foram removidos de HDs de computadores recolhidos e fornecidos pela Cooperativa Paulo Freire que fica localizada na cidade de Porto Alegre e trabalha com resíduos eletrônicos. Os HDs recebidos foram desmontados de forma manual através da utilização de ferramentas como chave de fenda, alicate e chave Philips para a extração dos ímãs. Em seguida, estes foram desmagnetizados durante 45 minutos na temperatura de 350°C e posteriormente foram submetidos ao processo de moagem em moinho de facas e moinho excêntrico até que se atingisse granulometria menor que 0,25mm. Através de análises físico-químicas foi possível caracterizar

19 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo a amostra e definir não apenas a sua composição, mas também a temperatura ideal para promover sua oxidação completa. A etapa de oxidação é importante, pois ela ajuda a aumentar a seletividade da lixiviação, permitindo assim atingir níveis mais altos de recuperação. A amostra gerada após a oxidação foi separada em quatro frações para a realização dos ensaios de lixiviação através da utilização do ácido orgânico CH3COOH na concentração 1,0 M e ácido inorgânico HCl na concentração 0,5 M, ambos nas condições a quente e a frio, mantendo a densidade de polpa de 100 g/L. No processo a quente foi utilizado um sistema composto por um balão de pescoço triplo (onde foi adicionado o agente lixiviante), manta de aquecimento, condensador e termômetro para o controle da temperatura. Já no processo a frio foi utilizado um equipamento chamado de agitador de Wagner. Seu princípio de funcionamento consiste em adicionar em um frasco de vidro (específico para utilização nesse equipamento) o agente lixiviante e o material que se deseja lixiviar. Em seguida, o frasco é preso no equipamento que promove a agitação em 360°. Depois de 5h de lixiviação foi realizada a filtração a vácuo, seguida da caracterização do filtrado e da torta retida no papel de filtro. A análise química do filtrado permitiu determinar a quantidade de agente precipitante (ácido oxálico 10%) necessária para precipitar o neodímio presente na solução. Nesta etapa o ajuste do pH comHCl 37% é essencial para favorecer a precipitação. A adição do agente precipitante em pH menor que 2 promoveu a precipitação imediata do Nd e demais ETRs na forma de oxalato. A remoção do precipitado da solução foi realizada através de filtração simples. Em seguida foi realizado o processo de secagem do oxalato retido no papel de filtro para posterior caracterização e determinação da melhor temperatura e tempo para promover a oxidação completa da amostra e consequente obtenção do óxido de neodímio que é matéria prima para a produção de novos ímãs. A avaliação do rendimento dos processos mostrou que o agente lixiviante CH3COOH quando utilizado a quente apresentou o maior endimento, seguido do processo HCl quente. Já os processos realizados sem aquecimento apresentaram os menores rendimentos. A avaliação ambiental dos processos foi realizada através da ferramenta ACV (Avaliação do Ciclo de Vida) e se limitou as etapas de lixiviação, filtração à vácuo, precipitação, filtração simples e secagem. A ACV

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 20 simplificada foi realizada para os quatro processos aplicados: HCl quente, HCl frio, CH3COOH quente e CH3COOH frio, através do método ReCiPe 2016 Midpoint (H) V1.04 / World (2010) H. O software foi alimentado com os dados apresentados no inventário, obtidos através de ensaios realizados em laboratório. As informações sobre o consumo de energia elétrica e emissões atmosféricas foram calculados, os demais foram medidos. Conforme proposto nesse estudo, a unidade funcional foi definida como a utilização de 1000 mL de agente lixiviante (HCl ou CH3COOH) e 100 ± 0,1g de amostra moída e oxidada. Os resultados da modelagem das categorias de impacto do escopo midpoint, mostraram que as três mais significativas para este estudo foram PGW (potencial global warming), ecotoxicidade terrestre e escassez de recursos fósseis. Sendo assim, foi realizada a avaliação dos impactos para cada um dos processos avaliados. Por fim, foi identificado que o processo CH3COOH quente apresentou os maiores impactos quando comparado aos demais. Na sequência aparecem os processos HCl quente, HCl frio e CH3COOH frio. Com o objetivo de identificar a principal fonte dos impactos ambientais atribuídas aos processos, foi analisada a contribuição de cada uma das 5 etapas que compõem cada processo. Os resultados mostram que nos quatro processos a secagem foi a etapa responsável por mais de 90% dos impactos nas categorias avaliadas. Como nessa etapa foi abordado somente o consumo de energia da estufa, logo, conclui-se que todo esse impacto está associado ao consumo de energia. Por fim, foi realizada a avaliação econômica dos processos com o objetivo de identificar qual deles apresentasse viabilidade econômica para a execução. Essa etapa foi baseada no fluxo de material e no balanço de massa das etapas dos processos, considerando testes de escala laboratorial. A viabilidade econômica dos processos foi calculada através da associação da receita com o lucro, onde a receita obtida foi calculada através da multiplicação da quantidade de óxido de Nd obtida no processo, pelo seu preço de mercado. Já o lucro foi calculado subtraindo o valor gasto com a recuperação da receita da venda do óxido reciclado. Desta forma tem-se a margem de contribuição. A viabilidade dos processos foi definida pelo lucro. Valores de lucro menores que a receita, definem o processo como inviável, em caso contrário o processo se torna viável. A avaliação econômica também

21 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo mostrou que a energia elétrica é o principal responsável pelos custos envolvidos nos processos. Uma nova avaliação foi realizada através da exclusão das etapas de secagem e simulação de um processo de oxidação para substituí-la. Foi evidenciado que os maiores custos estavam associados aos processos que utilizaram CH3COOH como agente lixiviante. Além disso, os resultados mostraram que não há viabilidade econômica no processo CH3COOH, apesar deste ter apresentado maior rendimento. Mesmo aumentando a produção a situação fica cada vez mais negativa e isso se deve ao alto consumo de HCl 37% e ácido oxálico. Considerando que a viabilidade econômica é essencial para a execução de um projeto, no cenário aqui apresentado, é inviável executar o processo de recuperação de ETRs com o agente lixiviante CH3COOH. Mudanças nos preços de matérias-primas e insumos, além do preço de mercado dos ETRs tem impacto direto no custo, podendo reverter este cenário. Considerando uma visão global dos resultados, pode-se afirmar que o processo em que se empregou HCl 0,5M é a melhor opção para recuperação de Nd de resíduos de ímãs de HDs nas condições apresentadas neste estudo. Também pode ser destacada a grande influência e contribuição do consumo de energia nos processos avaliados. De maneira geral, a recuperação de ETRs de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE) se mostra como uma alternativa para suprir parte da demanda do mercado por tais elementos. A utilização desses resíduos como fontes secundárias impacta o meio ambiente de forma positiva não só ao diminuir a necessidade de extração de ETRs virgens, mas também os potenciais impactos ambientais negativos associados à atividade. Além disso, evita que esses REEE sejam descartados de forma inadequada, provocando a contaminação do solo e da água. Portanto, é preciso que os métodos de recuperação utilizados sejam avaliados considerando não apenas o rendimento e a viabilidade econômica, mas também os impactos ambientais negativos envolvidos. Dessa forma, é possível definir e escolher os processos que melhor se encaixem em um cenário de sustentabilidade.

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 22 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE SISTEMAS EM MADEIRA FRENTE ELEVADAS TEMPERATURAS Lívia Maria Palácio Ribeiro Orientador: Bernardo Fonseca Tutikian Coorientadora: Fernanda Pacheco Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil É de conhecimento que a madeira tem sido utilizada como material na construção civil desde os primórdios, em virtude de sua resistência e rigidez, tal uso é benéfico à uma estratégia climática, podendo contribuir com a sustentabilidade. (MARTINS, 2016). Além do uso na construção civil, a madeira ainda é amplamente empregada na fabricação de pisos, forros, divisórias, portas, caixilhos, lambris entre outros atividades referentes a construção civil. Os sistemas a base de madeira, que estão sendo estudados e entrando no mercado nacional recentemente, são os sistemas construtivos implementados como a Madeira Lamelada Colada (MLC) e Madeira Laminada Cruzada (CLT), ou Cross Laminated Timber, que já são empregadas em muitos países da Europa bem como também Estados Unidos e Canadá. Historicamente, estudos apontam que foi na França, em 1985, que o CLT ganhou sua primeira patente, e a partir dos anos 1990 foi amplamente difundido na Áustria e Alemanha. (SANBORN et al, 2019; DONG et al, 2019; ALMEIDA et al, 2021). Entretanto, foram nas últimas décadas que houve um interesse global nesse sistema, principalmente em virtude da vantagem de a madeira ser considerado um material de recursos renováveis, tendo como foco a América do Norte, atingindo em particular as áreas de florestas densas do Canadá e as regiões noroeste do Pacífico dos Estados Unidos. (SANBORN et al, 2019). Por definição as normas EN 16351 (2015), ANSI/APA PRG 320 (2019) e a versão revisada da NBR 7190 (ABNT, 2021) o CLT é um painel formado por camadas cruzadas ortogonalmente em função da que a antecede. Possui no mínimo três camadas, podendo ser constituído de lamelas de madeira maciça ou ainda por painéis estruturais de madeira engenheirada. Segundo Martins (2016), a madeira é ummaterial muito resistente a elevadas temperaturas. Dessarte, os produtos provenientes desse mate-

23 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo rial como o MLC e o CLT também apresentam um bom desempenho quando submetidos a temperaturas elevadas, pois não tendem a derreterem-se e nem se distorcerem como ocorre com elementos de aço ou no concreto com a ação do efeito “spalling”. Mesmo sendo um material combustível, a madeira, quando exposta a ação de elevadas temperaturas, tende a queimar de maneira lenta e superficial, produzindo em seu entorno externo uma camada carbonizada. Não obstante, a combustibilidade ainda é uma das principais razões pelas quais muitos regulamentos de construções limitam seu uso como material de construção. (MARTINS, 2016; ÖSTMAN, 2021). Segundo Almeida (2019), mesmo com o surgimento do CLT na década de 90, ainda é necessária uma divulgação maior dessa tecnologia, o que claramente possibilitará a evolução do sistema. Almeida (2019) e Espinoza et al (2016) esclarecem que são necessárias investigações mais urgentes quando se fala deste tema, principalmente relacionado ao desempenho estrutural, em relação à umidade e quanto às ligações dos painéis. Salgado et al (2021) asseguram que as conexões dos painéis CLT são conhecidas por contribuir para uma maior flexibilidade, possibilitando ao sistema a necessária resistência, rigidez e ductilidade. Dentre os possíveis encaixes que podem ser realizados entre dois painéis, pode-se citar três tipos de juntas: half-lap; splines – simples, que são uma lâmina de compensado Laminated Veneer Lumber (LVL), fixadas em uma face através de parafusos as quais são conectados entre os painéis; e, splines – dupla, que são duas placas de LVL fixadas nas duas faces por meio de parafusos (ALMEIDA, 2019; FPINNOVATIONS, 2019). Considerando a relevância do tema, Popovski, Schneider e Schweinsteiger (2010) realizaram testes, levando em conta os abalos sísmicos, que ocorrem na cidade de Vancouver, para analisar o comportamento dos conectores metálicos. Gavric, Fragiacomo e Ceccotti (2012) realizaram experimentos de conexões típicas de X-Lam, no instituto de pesquisa CNR-IVALSA, objetivando proporcionar uma melhor compressão do desempenho sísmico das ligações das edificações de madeira laminada cruzada. Izzi, Polastri e Fragiacomo (2018) propuseram um modelo numérico no qual pudesse ser avaliado tanto o comportamento mecânico quanto os mecanismos de falha de um sistema de paredes CLT. Para tal estudo foram realizadas inúmeras pesquisas considerando o comportamento histéricos de conexões mecânicas e resistência as car-

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 24 gas laterais em painéis CLT. Para tanto, uma das maneiras de estimar o comportamento dos materiais é contar com a utilização de simulação computacional, que pode ou não somar a ensaios experimentais. Mendes (2020), por exemplo, teve como objeto de pesquisa também o CLT, relata ter obtido resultados concordantes entre a simulação computacional e os métodos experimentais, utilizados concomitantemente para definição do comportamento das chapas. O autor, no entanto, avaliou condições de exposição ambientais padrão, e não a ocorrência de um sinistro. Visando tal objetivo, o presente estudo destina-se à análise de três configurações de conexões entre elementos em CLT, variando-se entre elas o elemento de fixação (parafuso e pino), o número de lâminas e a quantidade de conectores. O estudo contará com simulação computacional por meio dos métodos dos elementos finitos e comparativo com ensaios experimentais de exposição à elevadas temperaturas através de um forno do tipo mufla. O estudo está sendo desenvolvido em duas etapas, sendo a primeira uma simulação computacional onde estão sendo realizadas modelagens por meio de simulações de ensaios mecânicos e análise por elementos finitos através do software ANSYS versão 2019. Para tanto, a madeira escolhida é da espécie Pinus (Pinus spp.) e são considerados três modelos, variando a espessura das camadas, ou seja, a quantidade de lâminas sobrepostas entre si, para criar os painéis CLT, sendo adotada peças de 3, 5 e 7 lâminas. As ligações serão do tipo painél parede-parede e parede-piso, tendo como junção dos paiéis o tipo half lap com dimensões baseados nas diretrizes normativas da ANSI/APA PGR 320 (2019) e seguindo as confirugações definidas por Gravic et al (2012) de 40x45x8,5 cm. Dessas configurações, as que obtem os melhores desempenhos nos comportamentos das soluções, são validadas experimentalmente no laboratório tecnológico da Unisinos. As amostras são expostas a elevadas temperatura dentro de uma mufla com intervalos variados de patamares levando-se em conta o tempo de exposição e o fator temperatura, sendo que a elevação da temperatura se dará por meio de diferentes patamares. Dessa forma, por meio de análise visual criteriosa, bem como da verificação da perda de massa, em virtude da degradação do material em detrimento da exposição a altas temperatura, espera-se verificar a capacidade resistente do material em função do comportamento estrutural. De posse dos resultados, a meta é comparar e vali-

25 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo dar os resultados encontrados por meio de sumulação computacional, com os resultados encontrados por meio de ensaios mecânicos verificando a capacidade resistente das conexões metálicas após submetida a elevadas temperatruas. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 7190 Profeto de Estruturas de Madeira. Rio de Janeiro: Assossiação Brasileira de Normas Técnicas, 1997, versão revisada, 2021 ALMEIDA, Amanda Ceinoti. Aplicação de compósitos poliméricos referçados com fibras de vidro – GFRP em ligações cavilhadas para CLT. Dissertação (Mestrado em Metodologia de Projeto) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, 122p., 2019 ALMEIDA, Amanda Ceinoti.; SILVA, Ricardo Dias; MOURA, Jorge Daniel de Melo. Potencial de implantação do sistema construtivo Cross Laminated Timber – CLT no Brasil. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.6, p. 57607-57619, 2021 AMERICAN NATIONAL STANDARDS INSTITUTE - ASNI/APA – The Engeneered Wood Association. Standard for Performance-Rated Cross-Laminated. PRG 320-2019. ANSI/APA. Tacoma, WA, 2019 DONG, Yu.; CUI, Xue.; YIN, Xunzhi.; CHEN, Yang.; GUO, Haibo. Assessement of energy saving potencial by replaycing conventional materials by cross laminated timber (CLT) – A case study of office buildings in China. Applied Science, 9 (5), 858. Doi 10.3390/app9050858, 2019 EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDAR. EN 16351 – Timber Structures – Cross- Laminated Timber – Requirements. CEN. 2015 ESPINOZA, Omar; TRUJILLO, Vladimir Rodrigues.; MALLO, Maria Fernanda Laguarda; BUEHLMANN, Urs. Cross laminatede timber: Status and Reseach needs in Europe. BioResources. 11 (1), 282-295, 2016

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 26 FPINNOVATIONS. CLT Handbook: Cross Laminated Timber. FPInnovations. Canadá, 2019. GAVRIC, Igor; FRAGIACOMO, Massimo; CECCOTTI, Ario. Strength and deformation chacracteristic of typical X-Lam connections. Conference: 12th World Conference on Timber Engineering, Auckland, New Zealand, 2012. IZZI, Matteo; POLASTRI, Andrea; FRAGIACOMO, Massimo. Investigating the hysteretic behavior of Cross-Laminated timber wall systems due to connections. Journal of Structural Engineering. 144 (5), 04018035. Doi: 0.1061/(asce) st. 1943-541x-0002022, 2018 MARTINS, Gisele Cristina Antunes. .Análise numérica e experimental de vigas de madeira laminada colada em situação de incêndio. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Programa de Pós-Graduação e Área de Concentração em Estrutura, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 197p, 2016 MENDES, Rodrigo Afonso Benitez. Comportamento estrutural de painéis Cross-Laminated Timber sob cargas perpendiculares ao seu plano: abordagem experimental e numérica. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020. ÖSTMAN, Birgit. National fire regulations for the use of wood in building – worldwide review 2020. Wood Material Science & Engineering. Växjö, Sweden, 2021 POPOVISK, Marjan; SCHNEIDER, Johannes; SCHWEINSTEIGER, Matthias. Lateral load resistance of cross-laminated wood panels. World Conference on Timber Engineering, 2010 SANBORN, K.; GENTRY, T. R.; KOCH, Z.; VALKENBURG, A., CONLEY, C.; STEWART, L. K. Ballistic performance of cross laminated timber (CLT). International Journal of Impact Engineering. Doi: 10.1061/j.ijimeng.2018.11.007, 2018 SALGADO, Rafael A.; GUNER, Serhan. Characterization of the out-of-plane behavior of CLT panel connections. Engineering Structure, 229, Elsevier Ltd, 2021

27 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo CONFECÇÃO DE MISTURAS DE UHPC UTILIZANDO MÉTODO DE DOSAGEM UNISINOS Raduan Krause Lopes Orientador: Bernardo Fonseca Tutikian Coorientador: Roberto Christ Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil O material mais empregado em construções nos últimos anos é o concreto, devido a sua facilidade de aplicação, matérias prima de fácil acesso e com resistências mecânicas, principalmente à compressão, consideradas excelente. Apesar dessas características, as construções têm evoluído de forma ampla, o que faz comque esse material estrutural venha a ser mais exigido quanto a capacidade estrutural e de durabilidade Segundo (RAHEEM; MAHDY; MASHALY, 2019), o concreto convencional (CC) não apresenta propriedades exigidas por essas construções, principalmente no que tange a durabilidade e as resistências a tração e flexão. Dessa maneira, o desenvolvimento de concretos mais tecnológicos que venham a suprir esse déficit do CC tem sido objeto de diversas pesquisa, conforme relata Christ (2019), onde a união das melhores propriedades entre dois ou mais concretos já conhecidos, como a fluidez e alta resistência a tração (concreto autoadensável e concreto reforçado com fibra, respectivamente), são exemplos do avanço tecnológico dos concretos. Nessa vertente, o concreto de ultra alto desempenho (ultra-high performance concrete - UHPC) surge, no século XXI, com a premissa de aprimorar as propriedades mecânicas do concreto convencional. Dentro dessas características, a resistência à compressão acima dos 150 MPa, resistência à flexão superior aos 10 MPa aos 28 dias, alta durabilidade, ductibilidade, tenacidade, além de resistir muito bem a agentes externos, como ataques de íons cloretos e outros agentes químicos (RAHEEM; MAHDY; MASHALY, 2019). Para atingir tais requisitos elevados, conforme apresenta Mendonça (2019), a seleção adequada de materiais é muito importante, pois está implícito que o nível de tensão transferido entre as partículas é reduzido com o aumento dos pontos de contato entre elas. Para se obter tais características definidas para o UHPC, a seleção dos materiais a serem utiliza-

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 28 dos é muito importante. Zhou et al. (2018) relata que as propriedades do concreto de ultra alto desempenho estão intrinsecamente ligadas aos materiais e condições climática da região de produção desse compósito, por isso os autores relatam que para uma mistura de UHPC obter um desempenho ideal, o estudo de dosagem deve ter como base as características dos materiais regionais. El-Tawil et al. (2016) afirma que as propriedades elevadas de durabilidade e desempenho estão relacionadas a otimização do empacotamento das partículas dos materiais, pois os componentes do UHPC são rigorosamente selecionados pelo tamanho e distribuição das partículas visando maximizar sua densidade de empacotamento. Essa alta densidade de empacotamento é obtida quando as partículas são dispostas na matriz de forma a minimizar seus vazios (MENDONÇA, 2019). Segundo Norhasri, Hamidah e Fadzil (2019) os primeiros estudos quanto ao concreto de ultra alto desempenho iniciou-se na década de 90, onde o uso do UHPC no mundo da construção vem para superar as propriedades limitadas de resistência e de durabilidade dos concretos comuns de alta resistência para aplicação em condições extremas e projetos exclusivos. O UHPC, também conhecido como concreto de pós reativos (CPR), é formado, basicamente, por pós muito finos sem a presença de agregados graúdos (SOLIMAN; TAGNIT-HAMOU, 2016). As primeiras dosagens de UHPC, envolvem uma grande quantidade de cimento, sílica ativa, pó de quartzo, superplastificante, contendo adições de fibras, em sua grande parte de origem metálica Richard e Cheyrezy (1995). Apesar de excelentes propriedades mecânicas e de trabalhabilidade, o UHPC é considerado ainda um material de difícil emprego, uma vez que os materiais empregados na maioria dos traços são onerosos, como cimento, sílica ativa, fibras metálicas e super plastificantes. Além disso, para se obter as propriedades elevadas, um controle tecnológico laboratorial se faz necessário, tal como controle de temperatura e emprego de misturadores de alta rotação e energia dispersiva. Também pode-se destacar que grande parte das pesquisas envolvendo esse concreto obtém misturas com base em estudos empíricos, com utilização de grande quantidade de materiais empregados e tentativas e erros. Com esse propósito, Christ (2019) desenvolveu um método de dosagem para UHPC, denominado método de dosagem de concreto UNISINOS. Tal método

29 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo é baseado na seleção prévia de materiais, e a curva de empacotamento dos materiais granulares empregados em cada mistura, buscando aproximar-se tal curva real da curva ideal obtida pelo método de empacotamento Andreasen & Andersen modificado (FUNK; DINGER, 1994). Essa aproximação é chamada por Christ (2019) de Índice de Desvio de Empacotamento – IDE sendo buscada um valor mais próximo de zero, para se ter propriedades elevadas. O método UNISINOS busca de forma mais simples desenvolver misturas de UHPC que possam atingir as propriedades mínimas exigidas para esse material, com a utilização dos materiais locais disponíveis. Apesar desse avanço, o método UNISINOS é novo, sendo necessário avaliar os parâmetros que influenciam para um sucesso maior de sua aplicação. Dessa maneira, o objetivo geral dessa pesquisa e a avaliação dos parâmetros do método UNISINOS de dosagem de UHPC que mais influenciam para obtenção das propriedades mínimas exigidas para esse compósito. Dessa maneira, foi avaliado as propriedades físicas (principalmente a granulometria) de materiais diversos disponíveis para essa pesquisa: cimento CP V-ARI, sílica ativa, cinza volante, pó de vidro, pó de basalto, pó de quartzo, areia 60/70 e areia de Osório. Tal avaliação é o primeiro aspecto a se levar em consideração no método, buscando-se valores de IDE o mais próximo de zero possível. Com base nessa avaliação inicial, foram selecionados para as misturas da pesquisa o cimento CP V-ARI, a sílica ativa, a cinza volante e areia de Osório. O segundo passo dessa pesquisa foi variar dois parâmetros importantes, o consumo de cimento e o coeficiente de distribuição das partículas “q”. O primeiro relaciona-se a quantidade limitada de água para hidratação do cimento, dessa forma boa parte do cimento empregado nas misturas UHPC funcionam como material de enchimento. Já o segundo, o coeficiente de distribuição de partículas “q” estão relacionados a inclinação da curva de empacotamento o que está diretamente ligado a quantidade de partículas finas das misturas. Para essa etapa da pesquisa foram selecionados três percentuais de consumo de cimento, 15%, 20% e 25% e dois valores de “q”, 0,20 e 0,25, sendo assim desenvolvida 6 misturas de UHPC. Essas misturas foram desenvolvidas com fator água/materiais aglomerantes de 0,20 e com 1,5% de super plastificante. Todas as misturas tiveram sua trabalhabilidade testadas bem como avaliados a resistência á

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 30 compressão aos 7, 28 dias. Os resultados preliminares obtidos nessa pesquisa mostram que a mudança do parâmetro “q” de distribuição de partículas bem como a variação do consumo de cimento não afetou significativamente a propriedade de trabalhabilidade das misturas dessa pesquisa, variando as aberturas entre 600 a 820 mm. Quanto a propriedade de resistência à compressão, quando avaliado as misturas de mesmo consumo de cimento (15%, 20% e 25%) e variando o “q” nas idades de 7 e 28 dias, não apresentam diferenciações nas resistências à compressão. Já ao se analisar os consumos de cimento, aos 7 dias, foi observado um aumento de resistência à compressão com a elevação do consumo de cimento, o que se pode explicar pelo refinamento do empacotamento das partículas das misturas, principalmente por o cimento apresentar tamanhos de partículas pequenas, gerando um efeito fíler nas misturas. Já aos 28 dias, é possível se notar o efeito químico, e o desenvolvimento de um teor ótimo de consumo de cimento, onde as misturas com 20% de cimento, apresentaram os maiores valores de resistências à compressão, enquanto as misturas de 15% e 25% apresentaram valores próximos entre si. Tais resultados preliminares, mostram a relevância do método de dosagem UNISINOS para UHPC, e que o mesmo tem potencial para tornar tal concreto mais aplicável. Também pode-se concluir que o consumo de cimento é um dos fatores mais importantes para a obtenção das propriedades elevadas do UHPC, mostrando indícios de um percentual ótimo para dosagem de UHPC devido a baixa relação água/aglomerante das misturas. Tais constatações trazem revelações a serem mais exploradas até o final dessa pesquisa, de forma a comprovar as primeiras evidências observadas. Destaca-se importante o aspecto ambiental que essa pesquisa também tem como objetivo a ser alcançado, buscando tornar tais misturas de UHPC mais sustentáveis possível. REFERÊNCIAS RAHEEM, A, H. A.; MAHDY, M.; MASHALY, A. A. Mechanical and fracture mechanics properties of ultra-high-performance concrete. Construction and Building Materials, v. 213, p. 561– 566, 2019.

31 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo CHRIST, R. Proposição de ummétodo de dosagem para concretos de ultra alto desempenho (UHPC). Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – PPGEC, Universidade do Vale do Rio dos Sinos. São Leopoldo, 2019. SOLIMAN, N. A.; TAGNIT-HAMOU, A. Development of ultra- -high-performance concrete using glass powder – Towards ecofriendly concrete. Construction and Building Materials, v. 125, p. 600-612, 2016. RICHARD, P.; CHEYREZY, M. H. Composition of reactive powder concretes. Cement Concrete Research, v. 25, p. 1501-1511, 1995. FUNK, J.E., DINGER, D.R. Predictive Process Control of Crowded Particulate Suspensions Applied to Ceramic Manufacturing. Boston: Kluwer Academic Publishers, 1994. MENDONÇA, F. Proportion and evaluation of ultra-high performance concrete using local materials. 2019. Tese de doutorado. Universidade de Nebraska. ZHOU, M.; LU, W.; SONG, J.; LEE, G. C. Application of Ultra-High Performance Concrete in bridge engineering. Construction and Building Materials, v. 186, p. 1256-1267, 2018. NORHASRI, M. S. M.; HAMIDAH, M. S.; FADZIL, A. M. Inclusion of nano metaclayed as additive in ultra high performance concrete (UHPC). Construction and Building Materials, v. 201, p. 590-598, 2019. EL-TAWIL, S., ALKAYSI, M., NAAMAN A., HANSEN W., AND LIU Z. Development, characterization and applications of a non proprietary ultra high performance concrete for highway bridges. Department of Civil and Environmental Engineering University of Michigan, Ann Arbor, Michigan. 2016.

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 32 D.E.COISAS: UM MÉTODO DE DESIGN ESTRATÉGICO PARA A INTERNET DAS COISAS Marcia Regina Diehl Orientador: Carlo Franzato Coorientadora: Debora Baraúna Programa de pós-graduação: Design Uma tecnologia computacional em desenvolvimento que ainda tem muito a ser explorada é a Internet of Things - IoT. Composta por objetos com sensores digitais e que estejam conectados à internet, a IoT deixa entrever uma mudança em nosso ecossistema, abrangendo subsistemas como a nossa vida social, o meio ambiente, a produção de objetos, o bem-estar e a saúde, entre outros. Inseridos nessa rede de sistemas e subsistemas, objetos coletam dados por meio dos sensores e, impulsionados por softwares de análise de dados e objetos com agência no ecossistema, podem tomar decisões e agir baseados nos dados coletados e analisados sem que o ser humano necessite intervir (ACCOTO, 2020; COULTON; LINDLEY; COOPER, 2018). São ações como decidir quando regar uma planta conforme análise da umidade do solo, determinar o itinerário do caminhão de coleta de lixo tendo por base a taxa de ocupação dos coletores de rua, realizar compras alimentares e determinar horário de entrega interpretando as informações de estoque doméstico e a agenda dos moradores da casa, entre inúmeras outras. Existe uma profusão de informações sobre a IoT em sites que tratam sobre tal tecnologia anunciando a existência de imensa variedade de sensores que podem ser comprados por aqueles interessados em testar, ou inserir sensores digitais em objetos novos ou já existentes. Além de sensores, existem plataformas de desenvolvimento de software de uso gratuito e colaborativo que incluem linguagens de programação, bancos de dados, softwares de gerenciamento de projetos, espaço de armazenamento, controle de versões, ferramentas de segurança, ferramentas de colaboração e socialização, e tudo mais que for necessário ao desenvolvimento de softwares. Mas além de conhecimento específico para desenvolver produtos para a IoT, é importante refletir sobre o ecossistema no qual estamos

33 CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo inseridos, sobre o dia a dia das pessoas levando-se em consideração suas crenças e suas práticas, sobre a consequência social do crescimento exponencial da IoT e sobre as alterações que podem ocorrer no ecossistema. Ou seja, a concepção de produtos voltados à IoT requer de projetistas uma compreensão mais aprofundada do ecossistema no qual o artefato será inserido. Além dos elementos compõem o ecossistema, é necessário conhecer as relações entre eles e quais informações transitam, ou podem transitar, entre tais elementos, uma vez que os artefatos da IoT capturam dados e têm agência no ecossistema a partir de tais dados. Dessa forma, especula-se que os processos projetuais formais utilizados no desenvolvimento de tecnologias computacionais deveriam contar com um espaço-tempo que lhes permitisse refletir sobre as tecnologias computacionais a partir de uma visão sistêmico-relacional, sendo essa capaz de trazer para o processo questões que usualmente não recebem atenção, tais como: sociedade, sustentabilidade, ecossistema, ética. Tal discussão poderia levar tanto a uma reinvenção do problema quanto a fomentar a produção de novos sentidos, bem como à criação de artefatos inovadores. Mas, uma pesquisa a respeito de métodos utilizados no campo da Computação, mais precisamente na Engenharia de Software e na Interação humano-computador, mostrou uma lacuna no que se refere a aportarem uma visão projetual para além das especificações técnicas e das necessidades do ser humano (BROWN, 1996; KHAN et al., 2017; SHARP; ROGERS; PREECE, 2019; SILVA et al., 2004). Posto que o campo especializado em processos de projetação é o do Design e que seu fazer diário é o de projetar, esse foi o campo escolhido para investir na proposição de um método para desenvolver/ projetar artefatos computacionais mais engajados com a complexidade dos problemas atuais. Nesse sentido, a abordagem do Design Estratégico se mostrou promissora, pois é operacionalizada a partir de premissas que coadunam com a complexidade do mundo contemporâneo, principalmente porque opera de forma transdisciplinar, considerando que os problemas atuais são complexos e que para lidar com eles é preciso ponderar a abertura de um espaço-tempo para divergir sobre múltiplas possibilidades ao invés de convergir aceleradamente em uma única solução. Além disso, o Design Estratégico

CONEXÃO PESQUISA – MOSTRA DE EXTENSÃO De 06/06/2022 a 10/06/2022 Unisinos São Leopoldo 34 almeja a concepção não de um produto, mas de um sistema produto-serviço que é projetado a partir de premissas como inovação social, sustentabilidade, configuração do problema e codesign (FRANZATO et al., 2015; MERONI, 2008; SCALETSKY, 2016). Uma busca por métodos de Design que abordassem o tema das tecnologias de uma maneira mais aprofundada resultou na percepção de que existia uma lacuna quando se tratava de refletir sobre as possíveis repercussões ecossistêmicas dos artefatos computacionais que seriam projetados (CILA et al., 2015; RAIJMAKERS, 2011; SEVALDSON, 2018, 2020; SLINGERLAND, 2017b, 2017a). Diante de tais lacunas, emergiu o seguinte problema: seria possível operacionalizar um processo de projetação de Design Estratégico, envolvendo designers, tecnologistas e humanistas, de forma a ocupar seus espaços-tempo de reflexão para discutir sobre as relações sistêmicas ao projetar artefatos computacionais para a IoT? Assim, para responder ao problema de pesquisa foi traçado como objetivo a proposição de um método de Design Estratégico − o d.e. coisas − que aportasse uma visão sistêmico-relacional em projetos de artefatos computacionais voltados à IoT. Para tanto, buscou-se insumos na teoria sistêmica (BERTALANFFY, 2009; CAPRA, 2001; MATURANA; VARELA, 2002) e de redes (BARABÁSI, 2009; BORGATTI; EVERETT; JOHNSON, 2018; CASTELLS, 2007), no campo da filosofia da tecnologia (FLUSSER, 2007; GALIMBERTI, 2006; LATOUR, 1994), no design, e em entrevistas com especialistas. Os insumos recolhidos orientaram a proposição do método d.e.coisas, caracterizado por ser aberto, sensível ao contexto, inventivo, permeado por conhecimentos das humanidades, das tecnologias e do design e operacionalizado a partir de movimentos que giram em torno de suas dimensões fundantes: a preparação da operacionalização do método, o incentivo ao fortalecimento das relações intraprojetuais e o processo de projetação em si, considerando uma visão sistêmico- -relacional e envolvendo tecnologias computacionais. A pesquisa foi operacionalizada com um grupo de participantes oriundos da UNISINOS – discentes, docentes e pesquisadores das áreas das humanidades, do design e das engenharias. Com tal grupo foi realizado um workshop de design – nomeado de Inventando_ Coisas − instigando-os a refletir sobre o uso de wearables na edu-

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